quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

DICAS DURANTE A VIAGEM DE CARNAVAL

Os cuidados já começam durante o desembarque no aeroporto. Assim que colocar o pé no chão procure táxis que fechem os preços antes da partida. Como o Carnaval extrapola a definição de alta temporada, os valores costumam ser salgados.

Ainda no setor "transporte", voltar para o aconchego da cama depois de pular horas pode ser uma verdadeira batalha.

Estar em grupos ajuda. Mas lembre-se: os taxistas - que se tornam raridade - dificilmente deixam embarcar mais de quatro pessoas. Muitas vezes o único jeito é enfrentar longas caminhadas.

Carnaval sem sustos

Salvador tem, de longe, um dos carnavais mais conhecidos de todo o mundo. A folia é grande assim como a empolgação e as multidões que lotam as ruas da capital baiana. Vai axé, volta trio, é preciso atenção para sair ileso da grande festa.
Os abadás são um caso à parte. Assim como você não deve exibir jóias ou objetos de valor em meio às grandes aglomerações, o mesmo serve para seu valioso pedaço colorido de pano.

Como os preços são altos, eles viram alvos fáceis de espertinhos. Tire o abadá quando sair dos blocos e só coloque quando estiver por perto novamente.

Já durante a folia é preciso cuidado com a bebida. O sol é implacável: parece passar dos 40°C todo momento. Horas de pulos e dança descarregam as baterias de qualquer um. Por isso, se você gosta de uma cervejinha, intercale com água para não ir para casa cedo.

Fora esses pequenos detalhes - e, caso vá acompanhado, é melhor ter paciência e levar tudo na esportiva - Salvador é toda uma grande festa. É vestir o abadá, se deixar levar pela energia baiana e nunca mais tirar o Carnaval de Salvador da cabeça.

Proteção a monumentos históricos durante o carnaval

Recife e cidades vizinhas reforçam proteção a monumentos históricos durante o carnaval

Ivy Farias,
Enviada Especial

Recife - Para evitar que monumentos históricos sejam alvo de vândalos durante o carnaval, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e as prefeituras de Recife e Olinda vão trabalhar em conjunto para protegê-los neste período. "Fizemos um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com essas prefeituras e também com as de Iguaraçu e Goiana [municípios vizinhos], visando a preservar os monumentos tombados pelo patrimônio histórico", diz o superintendente regional do Iphan em Pernambuco, Frederico Almeida.

O superintendente do Iphan diz que os municípios que deixam de proteger seus patrimônios históricos estão sujeitos à multa de R$ 10 mil. "Mas nunca aplicamos porque todos cumprem".


Segundo Almeida, o planejamento para o carnaval começou em novembro, com uma análise dos trajetos dos blocos pelas ruas de Recife e Olinda. Depois, os técnicos do Iphan estudaram a melhor forma de proteger os monumentos. "Os ajustes podem ser deste instalar banheiros químicos para que as pessoas não urinem nos locais públicos ou sugerir que caminhões não passem perto de casarões com construção frágeis."

Nos monumentos situados em locais onde a passagem dos foliões é inevitável, o Iphan instala tapumes para evitar invasões e vandalismo. "Algumas igrejas têm vigilância permanente da guarda municipal ou são isoladas", informa o superintendente.

Os cuidados com os monumentos durante o período de carnaval começou em 2002, atendendo exigência do Ministério Público Federal. "Desde então, fazemos uma vistoria para avaliar quais obras correm riscos", lembra Almeida.

Neste ano, 15 patrimônios tombados serão protegidos em Recife. O Iphan ainda não tem o número de monumentos que serão preservados em outras cidades, porque o Termo de Ajuste de Conduta ainda não foi assinado. "Alguns são feitos de última hora, na sexta-feira de carnaval, mas nenhum [monumento] fica sem proteção".

Fonte: Agência Brasil, diponível em: http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2009/02/18/materia.2009-02-18.6493170254/view

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

PARA SER UM BOM PROFISSIONAL

Para ser um bom profissional o Turismólogo precisa O bom profissional de turismo precisa:

• Saber se comunicar bem;
• Manter-se atualizado;
• Ter domínio da informática básica;
• Ter domínio de idiomas estrangeiros (especialmente inglês e espanhol);
• Conhecer ferramentas de marketing (incluindo o pessoal);
• Ser crítico, ter capacidade analítica;
• Ser empreendedor;
• Compreender números estatísticos;
• Ter conhecimentos básicos de geografia e história;
• Compreender a relação do turismo com as diversas disciplinas;
• Possuir experiência profissional;
• Estar aberto a novas situações e opiniões;
• Perceber as diferenças culturais; e
• Abraçar a tecnologia.


PENSE NISSO!

Turismo Leigo, o Leigo no Turismo e o Profissional Turismólogo

A velocidade e a versatilidade com que se tem propagado o desenvolvimento do turismo no Brasil e no mundo colocam em debate profundas reflexões, quanto aos seus objetivos, finalidades e características que o definem em sua natureza, de mercado e como fenômeno a ser estudado cientificamente no interior da academia.

De um lado podemos conceituar o turismo como uma atividade, setor, indústria, produto ou fenômeno transcendendo o espaço a ser ocupado profissionalmente, mesmo não havendo a regulamentação ou normatização que o justifique. Apesar dessa regulamentação ser entendida como uma anomalia por alguns ditos entendidos do turismo. Por outro lado, temos o fazer turismo sendo executado de maneira perigosa e nociva ao meio ambiente, à cultura e à história e, mais efetivamente, ao cidadão brasileiro.

A partir dessa linha de raciocínio é que quero oferecer minha posição, de maneira autônoma e independente, sem o encarceramento das lógicas personalísticas, ideológicas e políticas que tanto tem identificado certas posições e atitudes dentro do contexto literário turístico de nosso país.

Contudo, antes de adentrar a exposição de motivos sobre o tema que nomina este artigo, é bom refletir algumas citações que considero ser de grande valia para o entendimento das argumentações que farei doravante.

Uma das citações que considero elementar para transpor a necessidade de uma ordenação e organização do turismo, é apresentada por Doris Van Menne Ruschmann quando, de maneira positiva, infere sobre a ausência de planejamento do turismo:

A ausência de planejamento (...) acaba por gerar crescimento descontrolado na localidade, que leva à descaracterização e perda de originalidade dos recursos que motiva o fluxo de turistas. E assim começa a decadência da localidade como destinação turística. (in ANSARAH, 2001: 85)

Faço questão de registrar essa citação para demonstrar os perigos e os riscos da execução turística feita de maneira desordenada e sem nenhuma preocupação com a questão profissional.

A segunda citação refere-se ao conteúdo comercial e mercadológico como vem sendo tratado o turismo, não observando, conseqüentemente, a relação do cidadão a partir da sua iniciativa de ser turista e, evidentemente, da sua vontade de não ser apenas um viajante, mas ter a sua cidadania respeitada. Margarita Barreto evoca a questão do leigo para demonstrar o dinamismo do turismo e o fenômeno em que se constitui.

Embora ainda alguns círculos, principalmente leigos, vejam o turismo apenas como a “indústria de viagens de prazer”, trata-se de algo mais complexo do que um simples negócio ou comércio (...) o turismo é um amálgama de fenômenos e relações, fenômenos estes que surgem por causa do movimento de pessoas e sua permanência em vários destinos. (BARRETO, 2000: 12)

A próxima citação tem como intuito chamar a atenção para a questão do amadorismo profissional e autoritarismo que tem tido uma presença fortíssima nos projetos (se é que podem ser definidos como projetos) turísticos executados. E é a partir dessa citação que proponho a construção de uma reflexão crítica sobre a regulamentação do profissional de turismo. Talvez o próprio autor da citação aqui inserida não tenha a sua predisposição para a defesa da regulamentação nos moldes que considero ser ultra-importante para o bem do turismo, do turista e das comunidades no Brasil, mas com certeza não há como negar que a mesma tem elementos fortíssimos para a efetiva normatização.

Luiz Gonzaga Godói Trigo, posiciona-se de maneira absoluta em defesa da qualificação profissional, que a meu ver, mostra com muita objetividade, que o sucesso do turismo no Brasil tem um elemento crucial a ser implementado: a regulamentação.

O autoritarismo e o amadorismo profissional levam as pessoas a pensarem de maneira individualista, medíocre e imediatista. Tudo isso leva a projetos e trabalhos superficiais e com pouca relevância, O pior é que, no caso de empreendimentos públicos ou privados, tornam-se ineficazes ou obsoletos em pouco tempo devido à falta de preparo para uma maior inserção social e mercadológica. Essas práticas imediatistas e fragmentadas impedem também ações planejadas articuladas entre governos, empresas e ONGs.(NETTO at TRIGO, 2003:105)

Encerrando as citações, faço questão de registrar a convicção de que o turismo só terá sua excelsitude e excelência a partir de uma competente política pública compartilhada e integrada à responsabilidade e solidariedade da iniciativa privada e dos organismos não governamentais, proporcionando uma constante reflexão sobre o “fazer turismo”.

(...) não se pode mais brincar de fazer turismo, pois a capacidade, a qualificação, a ética e o respeito ao ser humano, ao ambiente, à cultura e à história deverão sempre estar acima dos interesses pessoais e das iniciativas sem nenhum planejamento. (VELOSO, 2002: 2).

Assim, consideradas as citações acima, apesar de serem apenas algumas das inúmeras que poderia inserir nesse artigo, passo ao desenvolvimento do tema, esperando que as deflexões e reflexões sejam dignificadas e manifestadas a favor de uma proposta relevante que garanta o crescimento da conscientização sobre como, porque e quando agir em relação ao turismo.

O turismo leigo pode ser acentuado como turismo convencional ou turismo de massa em que a participação do turista é tida muito mais como um elemento comercial em que predomina a demanda desestruturada e sem nenhum procedimento organizacional legítimo sobre a boa oferta existente, mas que não é transformada ou transmitida como resultado saudável e preservado do ambiente, da população e da sociedade do destino turístico.

O turismo leigo é reconhecidamente visualizado, em grande proporção, nas excursões, passeios e na utilização de espaços e destinos turísticos, onde não há uma sinergia entre quem, o que e como oferece o produto ou serviço turístico e aqueles que o utilizam. Não se verifica, na maioria das vezes, a preocupação com a preservação ambiental (de maneira extensiva), com a capacidade de carga, com a comunidade (na sua essência nativa e natural), com a infra-estrutura existente (básica e turística) e com a economia local e do entorno, favorecendo e fortalecendo, cada vez mais, a propagação de ofertas de produtos e serviços turísticos sem o mínimo de preocupação com a qualidade e a profissionalização, fomentando a comercialização do achismo e do jeitinho brasileiro de levar vantagem.

O turista leigo não tem culpa nenhuma, aliás, ele é uma vítima em potencial. Culpados são aqueles que tem praticado de maneira leiga (nociva) a produção da atividade turística, sem nenhuma coerência, bom senso e respeito à comunidade, ao turista e ao ambiente. Não quero aqui generalizar o tratamento leigo existente hoje no exercício da prática da produção turística, pois é sabido que existem as partes boas, saudáveis e responsáveis e que deve ser tratada com deferência e respeito.

O poder público é outro grande culpado, pela insensatez com que tem administrado a política do turismo, sem uma efetiva ação para que sejam resguardados os interesses das comunidades locais, a cultura e o meio ambiente, frente ao abuso de empreendimentos e empresários, na sua maioria mercantilistas, provocando sérios e graves problemas de cunho social, humano e ambiental.

Culpados também são aqueles que, mesmo profissionais e até alguns ditos entendidos do turismo insistem, olhando nos seus próprios umbigos, em combater de maneira persuasiva e petulante a regulamentação da profissão do turismólogo. O ser contra a profissionalização e à regulamentação do turismólogo não deve se basear no princípio de que não há regulamentação em nenhum lugar do mundo ou que a mesma é uma coisa burocrática e inútil, apesar de que essas posições são dignas de serem discutidas, merecedoras de um debate mais amplo e menos evasivo, sem a particularidade da defesa exclusivamente pessoal como última instância.

O leigo (nocivo) no turismo tem crescido e fortalecido, assistindo toda uma movimentação de entidades, instituições, estudantes e profissionais de turismo que ficam apenas no debate sobre a profissionalização e regulamentação, sem nenhuma atuação mais objetiva. As oportunidades surgem e os acadêmicos de turismo vêem escaparem de suas mãos toda uma estrutura preparada e que necessita ser bem trabalhada, em decorrência da falta de união que tem prejudicado o avanço de uma verdadeira posição profissional e regulamentada do turismólogo, em que pese posições contrárias não tão claras e tampouco objetivas, muitas vezes disseminadas por algumas “estrelas douradas do turismo” que se julgam donas do saber e que insistem em manter uma razão inexplicável,

Ao defender a regulamentação do profissional de turismo, não quero aqui contra-argumentar posições individuais ou aquelas de cunho extremamente corporativas, mas posicionar pelo amplo debate em que se deve pautar tal normatização.

Não há como considerar inocuidade ou até uma superficialidade a regulamentação, pois entendo que a regulamentação será a efetivação de uma força “política, social e sindical” que estará acima de interesses mercadológicos e corporativos, predominando o respeito ao ato legal e responsabilizando, de maneira efetiva, o exercício do fazer bem o turismo. E o fazer bem o turismo não pode continuar sendo feito de maneira simplista, sem nenhum acompanhamento técnico e profissional, pois o resultado deve ser estabelecido pela satisfação apresentada pelo turista e não pela superficialidade das estatísticas e diagnósticos hoje emitidos pelas entidades públicas com o apoio inclusive de alguns ditos profissionais de turismo.

Assim, devemos fortalecer os laços em que as diferenças pessoais, acadêmicas e profissionais e os antagonismos políticos e sociais sejam substituídos pela unidade em prol do bom turismo, de maneira profissional, com qualidade, ética, respeito e responsabilidade para com o turista, o cidadão e o ambiente.

O turismo leigo é motivo de estudo e ótimo referencial para pesquisa.

O leigo no turismo é motivo de preocupação e importante argumento para a defesa da profissionalização do turismo.

A regulamentação é motivo de normatização da profissão e credencial para transformar o turismo em uma atividade altamente produtiva, dignamente social, fenomenalmente humana e exclusivamente qualificada

Fonte: http://www.espacoacademico.com.br/037/37eveloso.htm

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Para pensar!

"A actual campanha persuade, deixa indiferente ou afasta o público-alvo?"

1) INTRODUÇÃO
Um dos sectores da actividade económica onde o imaginário assume um relevante papel é o turismo.

Criam-se actualmente imaginários turísticos que modelam os produtos como se fossem reais (Crouch e Lubbren, 2003).

O imaginário das sensações torna-se o centro gravitacional da publicidade institucional dos países, operadores turísticos, cadeias hoteleiras e outras empresas turísticas.
A criação de uma marca-destino turístico pressupõe, no entanto, uma prévia indagação do que para ela se pretende, quais os elementos que a estruturam e que a diferenciam das demais.
Ou seja, construir o mix de hardware e software que permite um país ou região possa competir à escala global naquela que constitui a primeira actividade mundial (embora continuemos a comportar-nos como se fosse uma qualquer actividade indiferenciada e pouco exigente, em que o empirismo e o improviso tudo resolvem).

Não basta, no entanto, essa identificação dos alicerces estruturantes e identificadores de uma marca-destino, há que criar um conjunto de imagens e mensagens-texto que seduzam os consumidores, que os motivem a viajar para um destino, verificar regularmente a adequação dos recursos icónicos.
Estes dois aspectos – criação/estruturação e difusão da marca-destino - são de enorme relevância e estão umbilicalmente ligados.
A promoção e a publicidade turísticas, sendo porventura dos temas mais debatidos e apaixonantes do turismo, revelam, surpreendentemente, uma escassez de investigação e de monografias, mesmo ao nível internacional.



2.1) MERCADOTECNIA TURÍSTICA
Trata-se da adaptação sistemática e coordenada das políticas dos que empreendem negócios turísticos, privados ou públicos, sobre o plano local, regional, nacional e internacional, para a satisfação óptima de determinados grupos de consumidores e obter, por essa forma, um benefício apropriado (Jost J. Krippendorf).
Ocupa-se dos consumidores actuais e potenciais de uma organização, investiga as suas necessidades e desejos e a forma de os satisfazer.

2.2) PUBLICIDADE TURÍSTICA
É a base da mercadotecnia turística, constituindo uma ferramenta de grande utilidade, a qual mercê das suas características de informação e persuasão apoia o desenvolvimento dos centros turísticos, pela circunstância de dar a conhecer, prestigiar e dirigir, para esses destinos, fluxos de visitantes que proporcionam benefícios de diversa índole, designadamente económicos.

2.3) PROMOÇÃO TURÍSTICA
Como refere Marc Augé o turismo é uma procura de imagens, um caleidoscópio ilusório. Fazer promoção é comunicar, criar e projectar imagens para persuadir o consumidor de que o destino é a melhor escolha (Quinn, 1994).

2.4) A INVESTIGAÇÃO DE MERCADOTECNIA TURÍSTICA
Apresenta, pelo menos, dois estudos:
1) Estudo de mercado ou quantitativo: Baseia-se em princípios estatísticos cujos números revelam quem é, a que grupo social pertence e que idade tem o potencial consumidor.
- Mercados a penetrar (número anual de turistas, meios de transporte e frequência das deslocações. Daqui resulta a determinação dos mercados principais ou prioritários, os complementares ou secundários e os inexplorados ou não trabalhados);
- Os diversos tipos de consumidores (actuais ou potenciais, heterogeneidade e as suas diferentes motivações, por exemplo: negócios, lazer, saúde, desporto);
- Métodos de venda (preços, condições de venda e canais de distribuição);
- Publicidade e promoção turísticas.
2) Estudo motivacional ou quantitativo: visa obter dados do mercado, desejos, frustrações e predisposições íntimas do consumidor.

3) INSATISFAÇÃO RELATIVAMENTE À PROMOÇÃO E PUBLICIDADE INSTITUCIONAL
Para além dos sucessivos avisos à governação de Vítor Neto, os pedidos de participação da CTP, os reparos da APAVT e do coro de críticas dos vários congressistas que em Macau assistiram à apresentação do Turismo de Portugal, a matéria mereceu recentemente uma demolidora mas justificada análise por parte de João Mendes Leal.
As coisas, de facto, não estão bem e a campanha West Coast parece-me absolutamente inócua na captação de fluxos de turistas estrangeiros.
Mais, este enfoque geográfico no destino-marca pode até ter um efeito dissuasor pela inevitável associação, por parte do público alvo, a águas mais frias.
Não estaremos perante um erro estrutural equivalente ao “go deeper”, slogan relativamente ao qual uma significativa percentagem de inquiridos atribuía uma conotação sexual?
Uma campanha pode permitir trocadilhos de mau gosto como o Portugal w.c.?
O azul utilizado e a falta de luminosidade são adequados?
São imagens motivadoras, persuadem a viajar para o destino, existe um apelo sensorial equivalente às campanhas institucionais dos Açores ou da Madeira?
Seduzem, deixam indiferente ou afastam o público alvo?
Ora, se parte das personagens não são conhecidas dos portugueses (com a agravante do tratamento gráfico das fotografias dificultar o reconhecimento das pessoas e das paisagens) como podem atrair visitantes estrangeiros a Portugal?
É sabido que as políticas de promoção turística são um exercício de poder que encerra uma determinada concepção ideológica dos órgãos do Estado que a desenvolvem e aplicam, mas não podem esbarrar no senso comum ou esquecer que governar em democracia significa a auscultação dos principais destinatários ou beneficiários das medidas.
Esta obstinação política traz-me à memória a do Professor Salazar que mantinha uma guerra colonial que, do seu ponto de vista, era um enorme favor ao Ocidente mas que este repudiava em bloco.
Há, assim, que empreender um estudo independente, sério e aprofundado da construção da imagem de Portugal como destino turístico, analisando as sucessivas campanhas publicitárias por forma a retirar ensinamentos para o futuro e construir de raiz um modelo mais consentâneo com os interesses nacionais.
O estudo deverá responder a algumas interrogações fundamentais:
1) Que imagem se está projectando do destino turístico Portugal?
2) Qual a utilização dos elementos publicitários como meios de persuasão em ordem a potenciar o sector do turismo?
3) Quais são as repercussões da publicidade e promoção turísticas levadas a cabo nos últimos anos nos diferentes mercados externos?
4) Existe algum referencial do Turismo de Portugal, IP sobre os diferentes factores de eficácia na criatividade publicitária da comunicação turística?
5) Qual a eficácia das actividades promocionais em países com acentuados decréscimos do consumo privado como sucede actualmente em Espanha, na Alemanha ou no Reino Unido?
Aproveitemos, então, a crise para arrumar o que está menos bem, de forma consensual e participada.



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Publicat de către carlos torres la Lex Turistica Nova , 2/07/2009 07:45:00 AM

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

LEI GERAL DO TURISMO PODE SER ALTERADA NA CÂMARA

Lei Geral do Turismo pode ser alterada na Câmara
Na tentativa de regulamentar os serviços prestados pelas agências de turismo, em vista das contínuas reclamações de consumidores que se sentem lesados ao comprar pacotes de viagem, a Câmara prosseguirá avaliando propostas para o setor.

Reclamações comuns dizem respeito a agências que recebem o pagamento do pacote, mas não pagam hotéis, não compram ingressos para shows ou parques e às vezes nem a passagem de volta. Em 2008, o Procon de Brasília, por exemplo, recebeu 189 reclamações envolvendo agências. O presidente do órgão, Ricardo Pires, no entanto, acredita que esse número seja menor do que o total de casos porque muitos clientes lesados não denunciam empresas que agem ilegalmente. "Poderia haver muito mais queixas se a população tivesse o hábito de procurar o Procon e denunciar abusos. Se isso fosse feito, os consumidores saberiam mais da atuação de cada agência", afirma Pires.

Os parlamentares aprovaram e o presidente Lula sancionou, no ano passado, a Lei Geral do Turismo (11.771/08). A lei determina que só o prestador de serviços turísticos cadastrado pode atuar no ramo. Além da nova legislação, a Câmara analisa outros projetos que criam regras para o setor.

Obrigações das agências
Uma dessas propostas (PL 5120/01) regulamenta as atividades das agências de turismo. Entre as obrigações dessas empresas, o projeto lista a de manter em local visível em suas instalações a cópia de seu registro no governo federal.

De autoria do deputado Alex Canziani (PTB-PR), o projeto foi aprovado pela Câmara em 2003 e retornou após ser alterado no Senado, que incluiu 12 emendas no texto. A Comissão de Turismo e Desporto já analisou as modificações e rejeitou o dispositivo que obrigava as agências a responder por problemas nos serviços prestados por terceiros.

O projeto aguarda agora análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) e depois seguirá para o Plenário. O presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav) do Distrito Federal, João Eduardo Zisman, defende a aprovação da proposta. "A partir da sanção, o consumidor vai ter certeza que o profissional de turismo participa de uma atividade regulamentada."

Licença
Outros dois projetos também tratam das agências de turismo e condicionam sua abertura à emissão de licença pelo governo federal. Um deles é o PL 1977/07, do deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), que condiciona a concessão da licença à avaliação dos serviços a serem prestados e da qualificação da mão-de-obra empregada. Esse projeto tramita em caráter conclusivo e já foi aprovado pela Comissão de Turismo e Desporto. Agora aguarda análise da CCJ.

A outra proposta é o PL 4388/08, do deputado Roberto Britto (PP-BA). Segundo o texto, a licença só será concedida se ficarem asseguradas os direitos dos clientes em caso de falência da agência. O projeto também tramita em caráter conclusivo e será analisado pela Comissão de Turismo e pela CCJ.

Agente de turismo
Em outra vertente, o Projeto de Lei 4078/08 , do deputado Vital do Rêgo Filho (PMDB-PB), regulamenta o exercício da profissão de agente de turismo. Pela proposta, para exercer a profissão será preciso portar diploma de curso de nível superior de bacharelado em turismo, ou certificado em curso de nível médio ou técnico.

Na opinião do autor do projeto, o agente de turismo deve ser valorizado por ser o motor do mercado de turismo.

A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada pelas comissões de Educação e Cultura; de Turismo e Desporto; de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Pauta - 30/01/2009 17h55 - www.camara.gov.br


Fernando Leme Sanches
Conselheiro Fiscal - IBCDTur


Fique muito atento as notícias do legislação! Deve estar sendo mesmo muito difícil para regulamentar, pois nós turismólogos sabemos a amplitude da profissão e todas as necessidades, mas acreditamos que o futuro será promissor.